Assisti há alguns dias a Capitão América: Guerra Civil. O novo filme do universo cinemático da Marvel Studios me surpreendeu, confesso, por mostrar-se uma das crias mais coesas desta nova leva de filmes e séries calcados no universo narrativo da Marvel Comics.
Entretanto, algo me chamou a atenção neste último filme – e também na segunda temporada de Demolidor: uma sutil e por vezes imperceptível escalada para o fim. Não o fim de toda a narrativa, mas as portas para uma escalada de conflitos que levará certamente à morte de alguns personagens.
Não, não é algo raro nos quadrinhos. Se levarmos em conta que a Marvel Comics liquidou de uma vez vários de seus “universos” ficcionais recentemente – procurem pelo arco “Tudo Morre” dos Novos Vingadores e vocês entenderão ou, mais ao final, no arco “O Tempo Se Esgota”, prelúdio para as novas Guerras Secretas -, nas telas a dinâmica aparentemente segue na mesma direção.
Há uma atmosfera de conflito iniciada com a tal Guerra Civil e que se desenvolverá mais e mais nos próximos filmes da franquia Vingadores, disso eu não tenho dúvidas. No entanto, resta saber quais cairão até lá. Tenho algumas apostas, mas, bem, prefiro não opinar até confirmar minha teoria…
A questão é bem simples, no entanto: o universo cinemático da Marvel Studios está se expandindo muito rapidamente e as diferentes frentes narrativas e seus personagens parecem culminar para algo grandioso. Conhecendo bem a editora, não seria estranho que em tal processo de expansão alguns personagens terminassem fora do caminho. Vejam bem: não os mais emblemáticos, mas aqueles que estão à margem e, em algum caso especial, algum grande para dar uma “engrenada” no drama…
A verdade, creio, é que a temporada mortífera para alguns personagens deste tal universo cinemático poderá começar com a estréia da primeira parte Vingadores: Guerra Infinita, em maio de 2018: de longe o primeiro grande evento que a Marvel Studios pretende levar a cabo.
A partir daí, creio, será uma sucessão de grandes eventos e produções em diferentes meios que culminarão em uma grande e espetacular catarse. Uma catarse que, é certo, desagradará muitos fãs deste universo audiovisual elaborado pela Marvel, mas que, algo relativamente comum aos que acompanham as Histórias em Quadrinhos, não causará tanta surpresa entre os que conhecem algo do universo impresso da editora.
Não é que seja uma surpresa, mas o universo cinemático da Marvel Studios é apenas mais um. Tudo o que acontece nele, bem, está distante daqueles desenvolvidos em outros meios. A morte, neste contexto, é também renovação. Vejamos até quando a Marvel Studios seguirá até que tudo morra.