Política

Talvez tenhamos que pensar em como fazer boa Política para escapar do abatedouro informacional das redes…

Fazer Política hoje implica mergulhar em um lodaçal de desinformação, hipercomunicação e hedonismo. Tudo está posto diante dos nossos olhos – e não é apenas o resultado expresso ascensão de Donald Trump e de todo o caos regado por mentiras e ódio com o qual ele e seu espectro político ideológico lidam. A questão pede, de entrada, atenção. Foi, é e sempre será sobre atenção e de como esta foi tomada por uma cultura expandida, fragmentada e, porque não, descartável que não nos quer atentos.

O lugar da política hoje é do descarte simbólico, tal qual as redes… Enveredar por tal lugar implica sujar as mãos e deixar de lado ideais, valores e preceitos em detrimento de visibilidade, tempo de consumo e do imediato pretensamente informativo: é a captura e sequestro de qualquer atenção e a inibição de qualquer reflexão que estará sempre na ordem do dia.

Tanto a eleição de Donald Trump quanto a dos demais populistas de ocasião que certamente virão a seguir beberão na mesma receita: reduzir as discussões importantes a elementos irrelevantes ou desconexos e alimentar a espiral de desinformação e recompensas imediatas para inibir a atenção a tudo o que deve realmente importar.

Isso, de certa forma, vai na direção do que diferentes reflexões sobre a cultura e as redes têm apontado: a dissolução dos significados em detrimento da ascensão de uma cultura da instantaneidade hedonista. O ambiente social, cultural e político continuamente alimentado por eventos, ações e imagens que mantém a todos envolvidos em um contínuo de fruição ininterrupta alinhado a um projeto de sentido único.

A Política transformada em um turbilhão hiper-espetacular no qual o usuário é incapaz de distinguir o que é real e o que é construção e, no fim, escolhe a apatia.

No fim, contemporaneamente, a chave para ressignificar a Política como ora a conhecemos implicará reavivar a atenção e retirar as maiorias da sombra apática que a todos parece envolver.

Padrão
Artigos, Cinema, Crítica, Política

Sobre a vertigem…

Confesso que tudo o que me resta por dentro após assistir o documentário Democracia em Vertigem da diretora Petra Costa é tão somente desprezo e o mais cristalino, frio e nada incômodo ódio. O longa desvenda muito o que estamos a sentir nas últimas semanas, mas, pior, revela que as razões para os que, iguais a mim, questionavam esta tragédia farsesca, compreendiam a verdade oculta que nos atormenta.

O ponto de partida do longa de Petra é preciso: a esperança…

Aquela esperança que a todos envolveu e que brotou quando eleição de Luis Inácio “Lula” da Silva em 2002; uma que nos conduzindo com materialização de alguns anseios nos primeiros mandatos; a mesma esperança que nos fez ver uma mulher eleita presidente pela primeira vez em um país machista, misógino e canalha como este.

Uma esperança que sucumbe à tristeza e decepção que minara, desestruturara e destituira Dilma Roussef da presidência em 2016. Em seu lugar, sentimos o asco contínuo pelo que é colocado ilusoriamente: um governo de homens brancos, velhos… Ascende, no lugar de quem fora eleita pelo povo, um governo originado por um “grande acordo nacional com o Supremo e tudo” que procurará reestabelecer a “tradição” desigual de um país desigual e autoritário.

O filme de Petra Costa é feliz por mostrar nossos descaminhos, nossa tristeza, nossas mazelas e a distância irreconciliável que ora nos separa: Democracia em Vertigem é feliz ao demonstrar que ainda estamos longe de qualquer diálogo ou conciliação porque quem poderia trazer tal conciliar está preso por ousar desafiar as dinâmicas que sempre serviram para nos identificar como país.

“O retrato da nossa queda e de como esta ainda não terminou” poderia ser o resumo deste documentário que nos supre com imagens e falas poderosas capazes de traduzir a tristeza que nos une e o incômodo silêncio que nos envolve.

Silêncio. Ele está presente em todo o filme. Petra Costa dosa este mesmo silêncio com uma fotografia arrebatadora e momentos que pedem este mesmo silêncio para que possamos entender o que se mudou em nosso seio. Democracia em Vertigem demorará a ser superado como a mais fiel tradução dos anos em que a desesperança nos solapou.

Parabéns a Petra Costa por nos mostrar que ainda temos um longo caminhoa percorrer.

Padrão
Artigos, Política

Viva a morte!?

Cada banco de escola é um púlpito e cada escola um templo. Penso na história de Unamuno e sua resistência à intolerância e à ignorância. Vivemos isto agora neste país continental, diverso e múltiplo chamado Brasil. A estupidez parece ganhar corpo a cada fala de Bolsonaro; a cada movimento de seus asseclas para destruir ou retroceder conquistas.

A verdade é que estamos diante de uma travessia importante que nos redefinirá adiante. Talvez tenhamos a sorte daqueles que, como Unamuno, viram-se ceifados pela truculência e violência dos que querem o silêncio que concorda e o medo que nos enrijece, mas talvez esta seja a nossa sorte para estabelecermos um ponto.

Vejam… O mesmo país em estilhaços que acompanha o percurso do desmonte capitaneado por Bolsonaro e os seus também observa o crescimento de um sentimento de valor que até então tínhamos como perdido: as ruas foram tomadas há pouco por milhares de pessoas que se colocaram na luta pelo conhecimento e pelos templos onde estes estão verdadeiramente.

Esta é a mudança que se desenha. Talvez tenhamos que escutar um “Viva à Morte” em breve, mas, talvez mais provável, a reação que ora se esboça aponta para algo que muitos iguais davam como perdido: a capacidade dos nossos de perceber que não nos cabe ignorar, mas resistir ao assédio daqueles que buscam nos apagar desta equação elaborada, versátil e plural chamada Brasil.

Os que estão com Bolsonaro agora não compreendem o papel do povo nesta equação; não compreendem o lugar da diversidade de pessoais e idéias para a construção de um país maior; não compreendem o destino que nos espera para além deles. Este, nosso, é o da reconquista e esta não se dará no silêncio aquiescente, mas no concordar ensurdecedor de um novo pacto.

Bolsonaro está de mãos dadas à minoria que ainda grita, com outras palavras, algo próximo de um “Viva à Morte”… Mas passam longe do convencer, do persuadir: para tanto, Bolsonaro teria que pensar o Brasil e isto ele não poderá fazer.

Pensar é libertador; pensar nos move; pensar nos interpela a tomar partido e nos contrapor ao arbítrio.

Para nossa sorte, Bolsonaro está perdido e seguirá como tal rumo a seu ocaso.

Padrão
Artigos, Política

O retrocesso é logo ali dobrando a esquina…

Há a descrença e há o descrédito. É pensando nisso que vejo o governo de Jair Bolsonaro em um estranho e perfeito equilíbrioentre os dois termos. Atravessamos uma centena de dias até aqui e o que podemos afirmar é que o presidente da República e sua trupe de patetas orgulhosos têm nada a comemorar, celebrar ou o que quer que seja.

Jair Messias Bolsonaro deveria apostar em um bom banho de sal grosso mais que em uma chuva dourada para lidar os seus erros e desatinos que caracterizaram estes três meses estranhos.

Não devemos entrar na dinâmica do “avisamos, não!?” você dirá, mas apontar, explicar e demonstrar as contradições, hipocrisias e pirações coletivas que ora caracterizam Bolsonaro e trupe é um exercício inevitável – e dissecar a “piscina de chorume” que borbulha atualmente me parece algo que urge.

Não foram poucos os problemas e situações delirantes que Bolsonaro & Sua Turma produziram nesta centena interminável e hilariante de dias e, pelo que pudemos observar até aqui, a dinâmica em espiral de situações beirando o delírio não cessarão como mágica ou intervenção divina.

Não, não… O percurso que nos aguarda através dos diferentes Purgatórios (para os eleitores do sujeito) e Infernos (para aqueles que, como eu, percebem o atoleiro que surge no horizonte) indica que estamos entregues ao tipo de “sorte” que nos embalará enquanto atravessamos este percurso.

O Mundo não se contorce com Bolsonaro, mas nós sim. Não há como não se contorcer com a negação da História, a distorção do real, a falácia enquanto Estado da Arte e a mentira… Ah, a mentira. Ela é a grande arma de Jair e sua turma. A mentira repetida, redesenhada de modo a torcer, distender e buscar a reconfiguração do real.

Quando Bolsonaro e o chanceler Ernesto “Anauê” Araújo sugerem um “nazismo é de Esquerda” não o fazem porque desconheçam os livros – especialmente no Mein Kempf – que apontem o contrário, mas porque esta afirmação se contorce criando a atmosfera de propaganda ideal para o regime em curso – como disseram, o fantasma de Goebbels paira sobre a cabeça de Jair há muito.

O retrocesso é o redesenho que busca ofuscar a normalidade e Jair Bolsonaro e trupe entendem que esta pantomima fascista ofusca as atenções, desvia idéias e conduz seus adversários a um retesamento permanente que, mais que prejudicar o projeto daqueles que puxam suas cordas, termina por mantê-los continuamente nas sombras.

O retrocesso capitaneado por Jair Bolsonaro é a busca da normalidade delirante e permanentemente tensionada. Desmontar esta farsa depende de uma compreensão mais ampla dos atores até aqui dispostos e do esfaçelamento de suas idéias e valores.

Sem isso, restará somente a espera por um milagre e estes não caem das árvores…

Padrão
Política

Luto é verbo, meus amigos. E a Democracia vale a luta…

Luto é Verbo!

Desconstrução, Desmonte, Dilapidação. Estes serão os termos daqui por diante. Com a saída de Dilma Rousseff da presidência através do “golpe constitucional” referendado neste dia 12 de maio pelo Senado brasileiro, o que vem a seguir é de todo previsível. As pistas estão dadas através dos noticiários e das páginas dos jornais e revistas: a primeira fase, a da desconstrução, deve iniciar-se imediatamente.

Para tanto, todas as “mazelas” das gestões petistas serão lançadas aos cães. Não importarão os avanços no Social e na inclusão, mas, antes, como forma de agrado ao mercado e à turba de beócios que espumavam – e espumam – pelo golpe, interessa demonstrar que as escolhas petistas fizeram a “máquina pública crescer demasiadamente”, que o governo interino de Temer deverá “cortar a própria carne” para “reduzir o tamanho do estado” e que a população em geral “deverá estar preparada para o sacrifício”. Este é o discurso para o mercado: para este, a desconstrução é urgente e imprescindível…

Teremos o desmonte. As conquistas das gestões petistas, após a descontrução, deverão ser desmontadas. O projeto Ponte para o Futuro do PMDB do interino Michel Temer descreve bem este caminho com sugestões para “privatizar tudo o que for possível”. A privatização é apenas um momento, antes, urgente para os interesses do mercado e da Casa Grande, é necessário desmontar: é no desmonte que conquistas como os institutos federais de educação tecnológica e as universidades públicas federais passarão por seus momentos mais difíceis.

O discurso será que esta estrutura não deve ser responsabilidade do Estado, mas, sim, do mercado: a iniciativa privada terá que assumir tal e, portanto, nega-se o direito à educação previsto constitucionalmente. O desmonte também passará pelos programas sociais, especialmente o Bolsa Família – que, como dito por alguns, deve ter seu espectro reduzido e atingir apenas 5% da população pobre do país. O desmonte nega a inclusão, o resgate. Ele, o desmonte, passa pelas empresas públicas também.

Esta é a etapa seguinte, a dilapidação. Não é de admirar que o foco seja a Petrobras. Mas, antes, as reservas do pré-sal. Não apenas: com a ascensão de Temer, tudo passa a ser mercadoria em um grande balcão de negócios. Não à toa, a grita do senador e agora ministro das Relações Exteriores, José Serra, mais encorpado e capaz de negociar lá fora o produto do desmonte. Na dilapidação, como na década de 1990, vão-se o que se pôde produzir no país, não só sua matéria-prima, mas a infraestrutura desenvolvida/recuperada pelas gestões petistas.

Assim, o momento não é de um governo fruto de conspirações e um golpe que chega ao poder, mas a derrota de uma Democracia que durante pouco respirou algo para os seus. O Brasil envereda novamente pelo caminho que a Casa Grande escolheu: não pelo voto dos seus, mas pela força daqueles que, derrotados e inconformados com a distância do poder, cresciam seus dentes para abocanhar a botija. Bem vindos a um outro país. Não o tal “país do futuro”, mas um acostumado a “repetir o passado”.

A nós, resta tão somente resistir. Sempre.

Luto é verbo, meus amigos. E a Democracia vale a luta…

Padrão
Política

A Democracia voltará, mas, antes, desce o pano e ela sai de cena…

Gosto de imaginar que isso que ora acomete nossa jovem democracia vai passar. Mas, de volta à realidade, pego pelas sempre tenebrosas transações dos nossos, sei que não é por aí…

O que hoje se desenrola no Senado da República, depois do espetáculo patético protagonizado na Câmara dos Deputados, é o fim da democracia. Não há outra maneira de dizê-lo. Nossa jovem democracia foi pega na esquina da realidade e neste exato momento é violentada enquanto nós, atônitos, apenas reclamamos uns dos outros.

Vai passar? Talvez. Provavelmente, não. Não porque sequer aprendemos o valor que tem o voto: e a prova disso é que, como eu, certamente você deve ter escutado alguém reduzindo a importância do ato de votar. O voto que, sabido, representa o que temos de mais valioso em tempos negros: a capacidade de decidir nossos caminhos.

Assim, o que mais me ofende nesta que tenho definido como uma “ópera bufa patética protagonizada por atores da mais baixa envergadura” é a percepção de que através de tal arranjo o voto, sempre ele, mais uma vez é ignorado.

Não me engano em pensar que nossos deputados e senadores têm em mente a percepção de que estão “corrigindo” aquela decisão tomada por 54 milhões de brasileiros que elegeu Dilma Rousseff: corrigem aqueles que consideram inaptos, ignorantes, infelizes, ingratos e outras visões que a Casa Grande insiste em pregar.

Amanheci hoje em uma democracia definhando, atraiçoada, vitimada por aquilo de pior produzimos desde muito. Uma democracia traída novamente pelos vermes de sempre.

Confesso que escrevo com um ódio dilacerante que golpeia incessantemente meu espirito; um ódio inexplicável por um povo que sequer sabe o valor que a Democracia detém; um ódio pela apatia e esta tal “cordialidade” que entorpece os sentidos e a noção de urgência de nosso povo – não aquele que veste verde e amarelo, mas os que se aglomeram nas periferias.

A Democracia brasileira vai dormir hoje. Como disse Chico, “sem perceber que era subtraída em tenebrosas transações”…

Mas, como o mesmo Chico Buarque disse certa vez, amanhã vai ser outro dia e os galos cantarão novamente: um após outro e, desse cantar, ela, a Democracia, voltará a brilhar e saberá afastar aqueles que a golpearam neste dia.

Padrão
Política

O estranho ruído que escuto quando alguém fala em “Intervenção Militar”

Uma das memórias que tenho de minha infância era o temor que tinha de um barulho em especial. Logo que nos mudamos – meus pais, meus irmãos e eu – para o Conjunto Nova Natal – um dos bairros de periferia de Natal em meados da primeira década dos anos 80 projetados para afastar as populações mais carentes – as ruas deste mais pareciam desertos. Mas, por mais estranho que possa parecer, nos primeiros anos em que conjuntos como o Nova Natal surgiram, a população de crianças e jovens levava uma interessante vida àqueles bairros.

Mas todos compartilhávamos de um medo em comum e do desafio de enfrentá-lo: as famosas rondas policiais e suas Toyotas eram atemorizantes para todos. Em 1984, com quase dez anos de idade, eu, como outros, tremia de medo sempre que ouvia logo às 9h da noite não a sirene, mas aquele barulho de algo se desmanchando enquanto vinha em nossa direção. Me assustava justamente porque, diziam alguns, quem era pego por aquelas viaturas dificilmente voltava.

O golpe militar estava felizmente morrendo. As viúvas da ditadura já se preparavam para o inevitável, mas, ainda assim, estávamos distantes de uma democracia, uma vez que ainda vivíamos sob o jugo dos militares.

Era estranho ter que conviver ao mesmo tempo com aquele temor e com um certo ar de esperança dos comícios pelas Diretas Já, algo que raramente nossas tevês mostravam. A verdade é que, com o tempo e com a adolescência, percebemos que aquele barulho que nos assustava a todos era o medo dos tolos: um medo que só carrega aqueles que não sabem o significado da palavra liberdade, da troca de experiências, da confiança entre iguais, entre os que, esquecidos pelo Estado e por uma hipócrita sociedade, tinham que se virar com o que estava disponível ali…

Quando alguém ousa perguntar porque tenho ódio contra qualquer um que clame pela volta dos militares ao poder, me vem sempre à memória aquele barulho de algo desconjuntado, medonho, arrastando-se pelas ruas dos bairros de periferia procurando jovens para sumir com eles, levá-los para o inominável… Me vem a memória a lembrança que lá naquele instante e hoje em bairros de periferia por este país continuamos a sentir o peso de um país e dos seus mais abastados que esquecem facilmente o tipo de monstro que um regime de exceção cria.

Quando alguém ousa pedir a volta da ditadura no lugar de nossa duramente conquistada democracia gosto de imaginar este tipo de imbecil vivendo e vendo seus filhos crescendo em um bairro de periferia deste país onde o medo dos Agentes do Estado e do que eles são capazes de fazer com estes mesmos filhos representam ainda uma triste realidade.

Padrão
Comunicação, Política

Esse tal “jornalismo” auto-referente dos nossos jornalões é tudo, menos Jornalismo…

Os descaminhos do Jornalismo enviesado e auto-referente praticado no Brasil foi bem representado neste fim de semana em duas matérias das Folha de São Paulo: em uma primeira matéria, o próprio jornal diz ter “apurado” que o ex-presidente FHC teria se reunido com integrantes do PT para buscar uma “aproximação”.

Vejam bem, a própria matéria afirma que o improvável, impossível e impensável estaria em andamento: uma víbora como FHC estaria disposto a esquecer as desavenças, os achaques, os conflitos recentes, as polêmicas, os ditos e difundidos, para abraçar uma “trégua” – com a confirmação do próprio.

O problema deste tipo de “jornalismo” que se auto-referencia praticado por nossos jornalões é que ele está orientado aos interesses dos donos destes grupos empresariais e daqueles que costumam cortejar.

Não por acaso, o próprio FHC apareceu negando o que menos de um dia dissera. Dizer que FHC é mentiroso e cara de pau é chover no molhado; que o sujeito é oportunista nato e sabe aproveitar-se do timing midiático favorável, também.

O que interessa aqui, entretanto, é ponderar o quão orientados estão nossos jornais à criação de verdadeiras peças ficcionais para ludibriar seus leitores.

Estes, claro, que sequer sabem ler as páginas e entrelinhas de uma imprensa carcomida por seu próprio jogo sujo.

Padrão